Nesta semana, começa a contagem regressiva para o fim do mundo, mas, conforme a crença de algumas pessoas, alimentadas por diversas teorias, o “Armageddon” ocorreria no próximo dia 21 de dezembro. Algumas dessas teorias renderam produções na televisão e no cinema, como é o caso de 2012, lançado em 2009, distribuído pela Sony Pictures e dirigido por Roland Emmerich, que projeta, com grande realismo, o que aconteceria na data. Faltando 28 dias e algumas horas para a data, o blog vai apresentar quais as principais teorias e com quais delas devemos, realmente, com base científica, nos preocupar.
O fenômeno do “fim do mundo” surgiu com a descoberta do calendário maia – um sistema de calendários usado pela civilização maia, sociedade mesoamericana pré-colombiana notável por sua língua escrita, arte, arquitetura, matemática e sistemas astronômicos, estabelecida entre o período de 1.000 a.C e 900 d.C. –, que, acredita-se, conta com apenas 13 ciclos – ou “baktuns“. O último ciclo, com 5.125 anos, acabaria em 21 de dezembro de 2012. Em maio deste ano, entretanto, uma equipe de pesquisadores da Universidade do Texas-Austin, nos Estados Unidos, anunciou a descoberta de um calendário maia mais antigo do que o então conhecido. O estudo foi publicado pela revista Science. De acordo com os pesquisadores, o calendário completo teria 17 baktuns, e os ciclos durariam, ainda, por alguns milhões de anos.
O que reforça as especulações sobre o fim do mundo é outro documento, do profeta francês Nostradamus (1503-1556). Trata-se do “Livro perdido de Nostradamus”, que, segundo alguns pesquisadores, apresenta ilustrações fariam claras referências ao fim do mundo, supostamente previsto pelo calendário maia. Uma curiosidade, no entanto, chama a atenção: não é possível precisar, mas, muito provavelmente, Nostradamus teria nascido em um dia 21 de dezembro. O próprio Nostradamus havia previsto, segundo seus seguidores, o fim do mundo para 4 de julho de 1999, como pode ser visto em uma reportagem do Jornal Nacional, da Rede Globo, exibida no dia anterior.
Alinhamento galático
Uma das teorias sobre o fim do mundo é a do alinhamento galático, previsto para ocorrer no equinócio de inverno – quando o Sol, em sua órbita aparente, cruza a linha do equador terrestre –, que só ocorre uma vez em cada 26 mil anos entre o planeta Terra, o Sol e o centro da nossa galáxia, a Via Láctea. O alinhamento implicaria em um fenômeno físico conhecido como precessão, ou seja, na mudança do eixo de rotação do planeta Terra. Segundo os cientistas, um alinhamento similar ocorreu em 1998 e não implicou em qualquer tipo de alteração no eixo da Terra. O planeta, inclusive, já apresenta um ciclo de precessão de 25.770 anos.
Há outra linha que acredita que, em 21 de dezembro, ocorrerá um alinhamento preciso entre todos os planetas do Sistema Solar, o que já foi desmentido pela agência espacial americana (Nasa).
Inversão dos polos magnéticos
Outra teoria é a da inversão dos polos magnéticos, ou seja, norte e sul magnéticos se inverteriam. A mudança faria com que a agulha de uma bússola, por exemplo, apontasse para o sul. Entretanto, garantem os cientistas, isso não significa que o planeta vá mudar sua posição, já que a Lua, seu satélite natural, é que possui um efeito giroscópico e estabiliza a inclinação do eixo da Terra. É verdade que pode haver uma inversão dos polos magnéticos – na verdade, inclusive, isso já aconteceu –, entretanto, de acordo com os pesquisadores, isso levaria milhares de anos para acontecer. Por isso, não há com o que se preocupar.
Supervulcões
Uma das teorias bem evidentes no filme 2012 é a do supervulcão de Yellowstone, nos Estados Unidos. Eis uma teoria que é aceita pela ciência e merece atenção. Debaixo do Parque Nacional de Yellowstone, há um supervulcão que, se entrar em erupção, pode tornar inabitável dois terços dos Estados Unidos. A explosão seria equivalente a mil bombas atômicas. As cinzas podem ser levadas pelos ventos e os gases podem cobrir o planeta Terra, capazes de bloquear a luz solar. Plantas e animais morreriam e a fome e doenças poderiam se espalhar pelo globo terrestre. Acredita-se que seria algo tão catastrófico quanto a extinção dos dinossauros. Uma descarga de energia solar poderia despertar o supervulcão. Em todo o mundo, há 15 supervulcões mapeados na Alemanha, Argentina, Austrália, Canadá, Estados Unidos, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Nova Zelândia e Rússia.
Erupções solares
De acordo com os pesquisadores, as ameaças mais próximas e prováveis são as erupções solares, poderosas rajadas de radiação emitidas pelo Sol, a 150 milhões de quilômetros da Terra, e conhecidas cientificamente como ejeções de massa coronal. As rajadas poderiam chegar a uma velocidade de um milhão de quilômetros por hora, chegando em pouco tempo – minutos ou horas – ao planeta. Dependendo da quantidade, a radiação seria capaz de ultrapassar a magnetosfera da Terra – campo magnético que protege a superfície terrestre das partículas carregadas pelo vento solar – e perturbar o Sistema de Posicionamento Global (GPS), desligar satélites de comunicação, interromper transmissões de rádio de televisão, desativar sistemas de distribuição de energia elétrica e provocar curto-circuitos em transformadores. Se isso acontecer em escala global, o reestabelecimento das redes de distribuição de energia elétrica poderia demorar entre quatro e 10 anos. Os problemas causados pela falta de energia elétrica poderiam levar a civilização ao colapso e à anarquia.
Na semana passada, a agência espacial americana (Nasa) começou a monitorar explosões solares de nível médio, bastante comuns no momento, já que o ciclo de atividade do Sol é de 11 anos e está aumentando em direção ao “máximo solar”, esperado para 2013. O ciclo solar é monitorado desde 1843, ano em que foi descoberto.
Um vídeo publicado no YouTube, com trechos de alguns documentários exibidos pelos canais Discovery e History, ajuda a entender um pouco mais sobre as teorias.
http://www.blogsoestado.com/mauricioaraya/2012/11/20/falta-um-mes-para-o-fim-do-mundo-da-para-acreditar-nas-teorias/ - ACESSO EM 23/11/12
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