Monday, 5 November 2012

ARTE COM LEITE.


Introdução

Além de ser uma bebida saudável e apreciada por muitos, o leite pode servir como uma tela em branco, na qual você pode brincar e se divertir. Nesse experimento vamos tentar entender um pouco as interações químicas. Mas sempre tomando cuidado com o desperdício.

Materiais necessários

  • 01 copo de leite
  • Detergente
  • Corantes Alimentícios
  • Recipiente para o leite
  • Béquer (ou copo)
  • Conta-Gotas
Materiais necessários
Corantes

Passo 1

Preparando a tela
Reserve um pouco de detergente dentro de um béquer, para facilitar na hora de usar o conta-gotas. Em seguida coloque o leite dentro do recipiente escolhido por você. Deixe descansar por alguns minutos para que o leite fique completamente parado.
Reserve um pouco de detergente
Coloque o leite dentro de um recipiente

Passo 2

Colocando a tinta
 Pingue os corantes de maneira que eles fiquem na superfície do leite. A disposição das gotas é você quem escolhe. Mas cuidado para não misturá-las.
Pingue os corantes calmamente
Que tal um pouco de amarelo?!
Disponha-os conforme desejar
Cuidado para não misturar as cores

Passo 3

Hora do show!
 Agora é hora do show! Pingue o detergente no leite com o corante e veja o que acontece.
Pingue o detergente no corante
Veja o que acontece!

Passo 4

O que acontece?
À olho nu, o leite de caixinha homogeneizado é uma mistura homogênea, mas se você olhar através de um microscópio, irá perceber minúsculas gotículas de gordura suspensas em água.
O corante inicialmente não se mistura ao leite pela existência da tensão superficial deste, mas quando se adiciona detergente essa tensão superficial é quebrada, pois este tem a capacidade de interagir tanto com a gordura do leite quanto com a água. Depois de quebrada a tensão superficial, o corante se espalha e liga-se a água.
O detergente possui grandes moléculas constituídas de uma “cabeça” polar, que interage fortemente com a água, e uma longa “cauda” apolar, que interage com a gordura do leite e com outras moléculas de detergente.
As interações da parte polar são dipolo-dipolo e da parte apolar são interações de Van der Waals, que são fracas, mas numerosas.
Dado certo momento a quantidade de detergente proporciona a formação de micelas. Essas micelas são um aglomerado de moléculas de detergente que envolve moléculas de gordura do leite, formando uma estrutura esférica cuja superfície externa é polar e a interna é apolar.
As moléculas do corante são polares, por isso interagem bem com a água e se reorganizam quando ocorre a formação das micelas. A sua reorganização cria um aspecto artístico no leite.
Substâncias polares e apolares se repelem, portanto as caudas de detergente e a água não se combinam, o que favorece a formação de micelas. Elas se formam favorecidas por uma economia de energia, pois na micela as caudas apolares não têm contato com a água.
Molécula de detergente e micela
Micela e a interação com a água

Passo 5

Você Sabia?!
 Você sabia que o detergente é um surfactante?!
O detergente é um tipo de surfactante (“surface active agent” ou em uma tradução literal: agente de atividade superficial). Isso significa que ele é capaz de alterar as propriedades superficiais de um líquido. Outra característica dos surfactantes é a capacidade de formar micelas, tornando esses tipos de compostos interessantes para a indústria, pois possuem inúmeras aplicações.
Mas não é apenas na indústria que os surfactantes são importantes, no nosso corpo eles tem funções muito específicas, como é o caso do surfactante alveolar.
Células arredondadas que ajudam a revestir a parede alveolar, pneumócitos tipo II, secretam um tipo de “detergente” responsável por reduzir a tensão superficial da água no interior dos alvéolos. Este surfactante é muito importante para facilitar as trocas gasosas que acontecem através da superfície respiratória, sem esta substância as paredes dos nossos alvéolos seriam colabadas, ou seja, grudariam umas nas outras, teríamos dificuldade para respirar que poderia levar a morte por sufocamento.
Em nosso corpo existem alvéolos com tamanhos diferentes. Nos menores o surfactante tem uma função essencial, pois diminuindo a tensão superficial o alvéolo pode ser expandido a pressões mais baixas do que seriam necessárias, o que proporciona uma expansão igual e ao mesmo tempo dos alvéolos maiores e menores.
Em recém nascidos prematuros pode ocorrer a presença de alvéolos pequenos e falta de surfactante, pois só começa a ser secretado entre o 6º e o 7º mês de gestação, o que deixa os pulmões com tendência a entrar em colapso. Isso é chamado de síndrome da angústia respiratória do recém nascido.
Imagem esquemática de um alvéolo pulmonar

http://www.pontociencia.org.br/experimentos-interna.php?experimento=208&ARTE+COM+LEITE#top - acesso em 05/11/12

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